domingo, dezembro 28, 2008

Confissões

sou assaltada por um senso de justiça todo meu. Parece que desde criança me comporto como uma daquelas pessoas certinhas, que sabem o que é certo fazer em cada situação. O que poderia ser minha maior virtude, torna-se a minha cruz. Se todo esse senso me fizesse corresponder às situações da vida com maior propriedade, eu não teria muitos problemas. No entanto, a coisa começa a se complicar quando eu acho que esse senso de justiça e retidão se aplica a todo mundo. Há, por exemplo, situações que para mim soam como óbvias, como se tivessem respostas claras e evidentes do que se fazer, mas que os outros parecem não enxergar ou agir de acordo com elas.

Não acho que esteja sendo muito transparente nessa exposição, mas é um problema claramente identificado em meus relacionamentos com pessoas com as quais eu me considero "apta a aconselhar". E aí, exatamente porque o meu senso de retidão é tão expressamente "dado", eu tento dizer a alguém o que fazer, mas não possuo argumentos convincentes. Talvez esteja mesmo certa em minhas opiniões, (e abrindo um parênteses, não é de tudo que eu realmente entendo, às vezes eu acho que entendo), mas isso não me qualifica a sair por aí dando pitacos na vida alheia, nem ao menos a formatar padrões de conduta para todo mundo. Não dei muito trabalho pra ninguém quando criança ou quando adolescente. Não saía por aí brigando com todo mundo, (só às vezes, rs), nem ao menos aprontava coisas na rua ou no colégio, e isso fez de mim "a certinha", aquela que os pais dos colegas da igreja costumavam dizer: "Anda com ela, que ela é boazinha, que é menina de Deus" (coisas assim).

Vou afirmar expressamente: não me arrependo disso, não havia outra maneira possível de eu me conduzir. Mas acho que sempre quis gritar pelos quatro cantos do mundo como isso lança uma pressão negativa no cara que é "o certinho". O resto dos amigos não quer "recebê-lo" no grupo, e além disso, ele acaba recebendo um padrão que tem que manter, sem sair da linha pra não desapontar a ninguém. Todo esse contexto confuso, o senso de justiça, a expectativa dos "mais velhos", me tornou intolerante. Algumas pessoas que amo muito já me disseram que ao simples sinal de erro, estou pronta a acusar outros, a apontar suas falhas, a cobrar um pouco mais.

E, pra piorar ainda mais, me fez uma pessoa que quase não gosta de ouvir "repreensões". Simplesmente me acostumei a estar certa. E aí, parece que qualquer inadequação no meu comportamento já deve ser do meu conhecimento antes que alguém venha me chamar a atenção. Ai, momento crítico em que me deparo com a dura realidade da minha existência. É claro que há exceções, há momentos em que ouço as repreensões muito bem, assim como há momentos em que não dou a mínima para qualquer coisa desagradável que alguém faça, mas não é sempre.

Tudo isso que estou a explanar é uma questão central da minha existência. Os amigos nos desapontam, pessoas que amamos fazem escolhas que não aprovamos e o que fazemos com elas? Nós as proibimos de agir assim? Deixamos de falar com elas? O que se faz quando a pessoa que tanto queremos bem não dá a mínima para o que é bom e certo? O que Deus faz? Ele espera. Como o pai do filho pródigo esperou, esperou com certeza assim de uma varanda, ficou de prontidão olhando ao longe o filho retornar. Outra coisa, Deus não aponta o dedão nas nossas caras. Ele ama. Ele conhece o que é bom e reto. Ele nos deu a sua lei, mas nos ama, com todas as falhas, o pacote completo. Ele não me tacha "pecadora" com uma tarja preta e me joga fora. Mas o sangue do Seu Filho me purifica de todo pecado se eu o confessar. Deus não é acusador. Essa é uma característica do seu oponente. Dói enquanto escrevo esse post, me pergunto se devo publicar, e acho que sim, porque é um dos mais sinceros "ever".

Se todas essas linhas servem de alguma coisa, elas servem para me fazer "enxergar" o mal (1º passo), confessá-lo (2º passo) e abandoná-lo (3º passo). Não julgo que será tão fácil assim, afinal são anos de "farisaismo",rs. Tira o argueiro primeiro do teu olho. São muitos dias de reflexão, de insights, até o incidente de hoje com uma pessoa que amo muito, de quem cuidei por um tempo no ministério infantil, mas cujo o crescimento rápido está me assustando. Talvez eu não entenda o momento dessa pessoa, mas numa dessas, sem saber falar, cuidar ou discipular, a gente pode magoar pessoas que amamos tanto. (mas que a pessoa saiba, que tudo que foi dito, mesmo que de maneira embolada, foi por amor).

Acho que já deu uma baita de uma confissão e as lições seguirão gravadas a ferro quente no meu coração. Que Deus tenha misericórdia dessa alma intolerante, que precisa aprender de fato que a horde de pecadores e injustos começa com seu próprio nome. Lembra de Paulo: "
que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." I Tm 1:15

terça-feira, dezembro 23, 2008

algo sobre o Natal

Domingo passado, o Departamento Infantil na minha igreja realizou uma cantata de Natal chamada Natal Brasileiro. Foi tremendo. Vi a mão de Deus agindo naquele lugar, providenciando tudo, suprindo cada detalhe. As crianças cantaram lindamente! O tempo todo em que eu organizava essa cantata, um só pensamento cruzava a minha mente. Gratidão. Repetidamente eu dizia "Jesus, muito obrigada por se importar!" "Muito obrigada por dar algum valor a essa humanidade corrompida pelo pecado, e por pagar o preço naquela cruz". O nascimento dele aqui na terra é o começo de todo o plano, de tudo o que se deu para a nossa salvação. O justo pelos injustos. O fiel pelos infiéis. Como diz o compositor "Não saberei o preço pago por meus pecados lá na cruz" As lágrimas não me faltavam nesse momento. Ele veio.
Tentei passar um pouco dessa minha gratidão para as nossas crianças. Acho que alguns captaram, outros nem tanto, mas eu sei com certeza que um dia eles entenderão. Serão gratos também.
Por essa razão, eu comemoro o Natal. Mais do que um movimento familiar tão intenso, porque não é bem assim "de onde eu venho" (rs), eu comemoro internamente. Eu posto alguma coisa aqui, eu oro, eu volto às passagens de Lucas ou Mateus e me encanto com esse versículo em particular anualmente: "É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" Lc 2:11. Não há como ser diferente.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

o que vc sabe do futuro

o que vc sabe sobre o futuro?
jogou a pergunta ao ar sem querer resposta. Caminhou por uns instantes ao lado da namorada, guardando firme o entendimento que não o possuía. O futuro é plenamente imprevisível, ameaçador, obscuro, dono de si, cheio de prepotência e impera. Como não se sabe o que será de alguém dali a dois segundos, esse alguém é ou está refém.
a menina porém, corría em outra direção. Disse que sabia do casamento, das cores da festa, do vestido que queria. Que que é isso? Hã? perguntou o garoto, dando uma freiada brusca na estrada de seus pensamentos, fazendo contorno rapidamente, e daí, a passos largos tentando alcançá-la. O que mesmo?
Ela percebeu que a pergunta era mais uma afirmação. Percebeu que o namorado nada queria saber sobre seus sonhos futuros. Com aquela pergunta, simplesmente dizia estar perdido, ter medo do futuro, do desconhecido.
Na menina, os cantinhos da boca iam dando sinais da decepção e ele, na tentativa de desfazer o mal instaurado, fazia perguntas desconexas... as flores? as rosas? de que cor mesmo?
Mas que nada, no fundo, ele sabia que o "senhor futuro", aqueles segundos desconhecidos o tinham assaltado de novo, fora pego desprevinido, mãos ao alto, rendido, sem palavras, descoberto em sua falta de interesse. Oras, e eu lá ia saber de casamento?!
Para ela, já não era a primeira vez, em suas mentes infantis operavam lógicas diferentes. Ele era a pergunta e ela a resposta. Ele, o ponto de interrogação e ela, o ponto final, freqüentemente uma exclamação. Repetidamente iam escrevendo caminhos, frases, períodos inteiros de idas e vindas desse amor todo seu. Ele começa, ela acaba. Ele, o predicador, o verbo que pede o sujeito, um simples sujeito, o sujeito simples, a menina. Ela, então, porque sabe tudo consertar, e é sagaz, diz: "Sabe, eu devia mesmo era dizer, do futuro eu nada sei, mas sei que é com você."
E no fim, os dois concordam em gênero, número e grau.

domingo, novembro 30, 2008

Não sou especialista em música, mas como estou ficando especialista em falar de coisas das quais não sou especialista, quero falar agora de um cantor que tem me encantado repetidamente desde que ouvi "Lost At Sea". Sim, talvez eu goste de vozes masculinas, mas não é só por isso, talvez seja pelo violão, (incrivelmente lindo nas músicas dele!), também não é só por isso, talvez o estilo meio jazz, meio blues, não sei bem!). Mas fato é que Jimmy Needham já me encantou profundamente com dois cd's: Speak (2006) e Not Without Love (2008). Simplesmente não enjoa.
Jimmy dá uma de poeta (o que ele é mesmo), recita uma poesia intensamente em cada cd. Sempre chamando a atenção para a hipocrisia e religiosidade que constantemente parecem afetar a nós cristão. E nessas horas ele é seco, não mede as palavras, puro e simples.
Falando das músicas, ele desafia, canta o amor incomensurável do Mestre, canta a obra de redenção feita por Jesus na cruz, canta a fé, e, ultimamente, tem canções de amor. Diz-se por aí, que não importa o que vc diz, e sim, como vc diz, e isso ele sabe fazer bem.
Mas toda essa preparação, esse pano de fundo aí de cima, é pra chegar no ponto fundamental desse post. O que vc dá para Deus? Jimmy não deixa a desejar em nada, nada mesmo, qualquer compositor, poeta, etc e tal, que há por aí. No entanto, o que ele faz é completamente comprometido, até a alma amarrado ao Mestre, sem máscaras, sem usar "linguagem figurada" para "atrair" os outros. Não quero criticar os que fazem, ou mesmo sem dizer que Jimmy nunca fará isso. Mas o que eu quero dizer é que ninguém mascara esses discursos podres de imoralidade que tem destruído famílias, acabado com vidas em escala a perder de vista, fala-se abertamente da sujeira, mas alguns querem mascarar o maior AMOR do mundo. Faz algum sentido? Pra mim não. Seja como for, cada um tem sua consciência, e age de acordo com ela. A minha me diz que a história é linda demais para viver na sombra.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16
simples né? e complicado ao mesmo tempo.
inspirado nisso Jimmy fala: "O He died, He did to rectify my hopeless situation"
fica aí a sugestão, quem quiser, é só checar!

domingo, novembro 23, 2008

Jesus Cristo

o que eu teria para dizer para além de tudo que já foi dito? todas as passagens bíblicas, todos os estudos teológicos, históricos, etc? Não sei bem se uma leiga como eu teria informações importantes sobre Ele, que entusiasmassem qualquer um em busca de informações que trouxessem evidências. O que é evidente, claro e cristalino para mim é a minha experiência. A certeza no coração que nem o tempo, as decepções, lutas (e muitas!) conseguiram apagar.

O que me deixa sempre maravilhada é que, não importa o quanto falem Dele, se bem ou se mal, se façam filmes denegrindo Sua imagem, fotografias cheias de blasfêmia, isso nunca o afetaria. Seriam apenas formiginhas gritando, exaurindo suas forças pelo ódio incontido na tentativa de dizer que Ele não existe, ou que não fez nada do que realmente fez. Não importa o número de insultos que se faça, a natureza Dele não se altera.

"
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Hebreus 13:8

Ele é Aquele que reúne multidões, que conhece cada coração desses bilhões que batem todos os segundos, que vê o mundo em decadência, enquanto nos oferece o caminho sempre melhor.

uma recomendação: "The Real Jesus - Downhere"
uma dica: "Nunca se constrói um texto sozinho"

quinta-feira, novembro 20, 2008

o que eu deveria ter dito

como Kathleen Kelly em Mensagem pra Você, inicio esse post me perguntando sobre o que eu deveria ter dito. Assim como ela, sou daquelas pessoas que, no momento de um embate, não têm nada a dizer, parecendo uns bobos sem argumentos, se deixando levar pela afronta. Momentos depois, no entanto, parece que a situação assenta na mente e as palavras começam a vir. Discuros longos, elaborados, cheios de lógica, irrefutáveis. Ai, ai, agora eu sei exatamente o que eu devia ter dito, mas não dá pra voltar no tempo.
Por isso, como numa catarse (purgação) desses sentimentos aqui dentro presos, gostaria de gritar nesse blog o que eu gostaria de ter dito sobre o questionamento que me foi feito quando da apresentação do meu trabalho de iniciação científica. A história é a seguinte: foi um trabalho lindo, pelo menos para mim. Trabalhei por meses e meses na construção de um pensamento sobre a Divina Comédia de Dante e o posicionamento de Agostinho com relação à ficção. Todo o trabalho que não foi só meu, logicamente, muitíssimo fruto da colaboração e dedicação efetivas de minhas orientadoras, culminou num texto que seria lido na apresentação.
Foi aí então que veio o embate. Na segunda etapa da Jornada de Iniciação Científica (porque Deus me levou até lá, porque Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas), fui questionada pelo modo da minha apresentação, o fato de eu ter lido o texto e não "falado" sobre a minha pesquisa, etc e tal.
Falei que era uma questão de economia de tempo, falei que o texto era o próprio fruto da pesquisa, mas na minha concepção, não fui tão eloqüente quanto deveria. Costumava dizer que eu era melhor escrevendo do que falando, acho que é fato, mas isso tem que mudar.
Um texto escrito não atrai tanto as pessoas, o que todos nós queremos é teatro, mídia, diversão, coisas que nem sempre um trabalho estritamente teórico e de cunho investigativo pode dar conta. Felizmente, Deus me enviou duas resgatadoras que apreciaram o trabalho, me deram crédito e, mesmo não sendo da minha área, perceberam o trabalho intelectual feito ali. Oras, oras. Como eu devia ter dito coisas, como: "arquitetos fazem pontes, prédios e trazem aqui suas maquetes e idéias que ficam como contribuição para a sociedade, mas o meu trabalho é com a linguagem, o que eu tenho para devolver a esse mundo é um texto, que é pensado, dá trabalho, um texto que eu nem sei quantas vezes eu fui e voltei nele, quantas vezes eu escavinhei essa terra, buscando a melhor maneira de dizer o que eu tinha pra dizer, quantas vezes enchi a paciência da querida orientadora procurando a melhor palavra, o melhor sinônimo. Oras, oras." Isso me cansou e me abriu os olhos para a verdade de nosso tempo, que o que conta, não é tanto o que vc diz, mas como vc diz, a performance. Agora tá certo, super aulas de teatro pra JIC do ano que vem!

sábado, novembro 08, 2008

sábado, outubro 25, 2008

cale-se ou vc me deixa louco! (coceira nos ouvidos)

Em O Casamento do Meu Melhor Amigo, Michael diz à amiga Julianne: "A Kimmy diz que, quando se ama alguém, você diz. Você diz bem alto. Bem na hora. Ou então, o momento... passa." Julianne achava que o amava, mas não diz nada quando é possível dizer, quando (isso eu só acho) talvez ele pudesse considerar escolhê-la. Ao invés disso, passa todo o resto do filme se metendo em peripécias para recuperá-lo.
Julianne perdeu o momento, mas não quero perder o meu. Bem, esse filme é oportuno, pois ando me questionando até que ponto as pessoas querem ouvir o que nós "loucos, fanáticos, abitolados cristãos" temos a dizer. Os epítetos não me assustam, só mostram como é necessário que provemos o contrário.
Na verdade, ninguém quer mesmo ouvir. Sinto que a intolerância a assuntos ligados à fé só vai crescendo. Fato é que essas pessoas não sabem que, ao agir dessa maneira, elas só confirmam as Escrituras, quando Paulo diz: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos" (2 Timóteo 4:3)
O que eu sei é que é esse o tempo que Ele me deu para viver, é aqui e agora que devo deixar a canção da minha vida exaltá-Lo, talvez ela não soe tão boa no começo, talvez eu desafine aqui e ali, mas isso não me impede de soar, para Ele. Pelo menos eu estou tentando.
Esse é o meu tempo, para uma conjuntura como essa que Ele me trouxe aqui. Queiram alguns ouvir ou não.
Como já cantou mister Needham: "It's time to speak His mind out"
É tempo de falar "a Mente Dele", e não se assuste, porque ela não segue a sua lógica.

domingo, outubro 12, 2008

porque eu escrevo esse blog...

nunca parei pra pensar no fundo porque escrevo esse blog.
Não sei muito o que passava em minha mente quando o criei, mas agora, de noitinha, num click eu entendi uma de suas maiores funções. Escrevo esse blog porque preciso de cura. Quase não me importa se pouquinhas pessoas lêem, desde que eu consiga falar, liberar o peso dentro de mim. Tem umas noites que chegam e o peso do dia me oprime. Sou como um esponja. Sugo o problema de outros, me importo com tudo, e vou dizer uma coisa, é uma droga (perdão aos leitores!). Como se eu não tivesse questões suficientes em que pensar. Ninguém me pede para me preocupar com eles, mas faço isso. Tem horas em que eu queria não ligar para nada, sabe? Queria andar feliz e saltitante como se o mundo fosse um grande playground super colorido. Mas enxergo os problemas, as injustiças, e essas coisas penetram minha alma me trazendo um grande peso. Parece que quando não tenho com o que me precupar, eu arrumo. É estranho, às vezes me pergunto se Deus não tem vontade de que alguns assuntos em específico me deixem assim indignada, com relação ao meu futuro ministério. Tem um versículo na Bíblia que diz que Deus sente indignação todos os dias. Mas muito embora ele sinta indignação, com certeza ele não vive sofrendo. Alguém poderia me dizer: "Simplesmente não se preocupe!" Faria isso se eu conseguisse, mas é involuntário. Acho que orar é a melhor saída, e tentar entender o que Deus tem pra mim. Uma vez ouvi que aquilo que mexe contigo, que te deixa indignado mesmo, é o lugar onde Deus quer te usar. Se for isso que Deus quer me mostrar, haja preparação, que a luta é grande! Reafirmando o propósito desse post, devo dizer, escrevo esse blog pra me entender!

quinta-feira, outubro 02, 2008

essas são as linhas que se perderam

na verdade, um dia depois eu me lembrei de que se tratava o post que tinha perdido nos enlaces da minha memória.
Embora pudesse até parecer algo poético, bonito de se falar, não chegava nem perto.
Naquele dia, eu estava no ônibus interno que circula na faculdade, apressada para o estágio, mas ouvindo o diálogo entre uma mãe, um filho de uns 11 anos e uma senhora. Eles falavam do trânsito, e então meio que sem conexão, o menino falou "E quando tem tiroteio lá? No dia seguinte é só morte, morte, morte."
E ele repetiu esse último vocábulo, assim em sequência de três, umas três vezes. Toda vez que ele dizia isso, eu me perguntava que tipo de cenas esse menino já tinha visto, me perguntava que tipo de infância é essa, que tipo de vida, afinal.
Eu não sei que sensação é essa que parece envolver nossa sociedade como se tivéssemos alguma coisa pra comemorar, a gente vai à festas, as pessoas se embebedam, os shoppings estão cheios na sexta à noite, todos fazem dívidas, respondem "tá tudo bem", mas sem razão pra isso e assim vamos levando. Está tudo mal. Não estou sendo pessimista, porque odeio isso, mas está mal mesmo. Muitos cristãos ainda não desempenham o seu papel nesse mundo como deveriam. Eu não desempenho o meu papel. E, só quando, e somente quando, eu fôr aqui nessa Terra, quem Deus sempre quis que eu fosse, não devo me dar por contente. Talvez eu não tenha a glória desse mundo, que todos os dias me parece cada vez mais inalcançável, sem muito propósito (mas isso é outro assunto), mas eu quero partir daqui sabendo que não fui um zero à esquerda, que eu falei do amor de Deus pra alguém, que alguém deixou de fazer alguma besteira por conta de alguma palavra minha, que eu apontei o Caminho para algum perdido. Isso é felicidade. Quanto ao menino do ônibus, ele era muito inteligente e eu espero que um dia, um daqueles missionários cheios de amor no coração que sobem os morros encontre com ele, e mostre a ele o Salvador.

quinta-feira, setembro 18, 2008

escrevi essas linhas pra registar as outras que perdi pensei no texto armei o texto na cabeça minimizei a janela dei uma volta assisti Ugly Betty e o texto sumiu apagou-se da lembrança tão rápido quanto surgiu como eu queria recuperar então essas linhas são em memória daquelas outras que já não posso resgatar.

terça-feira, setembro 16, 2008

um post só pra vc

Qualquer coisa que nos acontece num dia pode render um post. Esse aqui é pra uma pessoa mais que especial, que me passou um trote e me deu um apelido que embora simples, é adorável.

"Um post pra vc" = pra te dizer que simples atos podem mudar vidas, podem dar brilho a dias nublados e podem fazer as pessoas se sentir amadas.

tô aguardando o fim da tua história!
bjs no coração, Rafa!
da pretinha.

sábado, setembro 13, 2008

dreams do come true.=.

Acredite, alguns sonhos se tornam sim realidade. E quando eles acontecem, depois de um êxtase de felicidade tamanho, eles se inserem numa esfera de normalidade surpreendente. Você se pega falando sobre essas coisas com uma naturalidade tal, que às vezes pára pra pensar: 'Peraí, é verdade, e como é que estou agindo assim, meio sem sal?'

Bom, minha única resposta pra isso é que a gente se acostuma com coisas boas muito rápido. Esse pensamento tem sido constantemente repetido aqui em casa. Não tínhamos tv por assinatura, mas agora que temos, cara, ficar sem ela é tipo um suplício. O que de novo reafirma a minha teoria de que nos acostumamos com o bom muito rapidamente. Acho que no fundo, todos fomos 'preparados' ou 'pré-programados' para coisas boas, lembra do Éden? Então, quando elas chegam, elas se encaixam tão perfeitamente que não soa como algo extranho.

Algumas coisas boas desse tipo têm acontecido comigo. Uma deles foi começar (ou recomeçar) a dar aulas de Inglês. Foi um recomeço e tanto, porque me achava totalmente "fora de contexto" ensinando antes. Mas agora, é tudo tão adequado. Os meus sábados pela manhã tem sido bem aprazíveis por várias razões, pelos alunos (espero que leiam isto!), pelos momentos, pelas coisas que dão certo, pelas que não dão, pelas risadas e tudo mais! Anyway, não posso deixar de dizer que eu tenho um Deus que é especialista em trazer sonhos à realidade. Ter essa experiência, do jeito que está sendo, com o nível que está sendo, era algo de que eu realmente necessitava profissionalmente, mesmo que eu não soubesse.

Então, da próxima vez que vc tiver um sonho realizado, não deixe que ele passe desapercebido depois de um tempo. Tire um tempo pra celebrá-lo, pra deixar que a situação inunde você com toda a alegria que ela te traz. E o mais importante, seja sempre agradecido. Afinal, de nada disso somos merecedores!


"Quando o SENHOR restaurou a Sorte de Sião, ficamos como quem Sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes cousas o SENHOR tem feito por eles." Salmo 126.

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." I Tessalonicenses 5:18

quarta-feira, agosto 20, 2008

aproveitando os minutinhos...

Eu quase que sempre aproveito aqueles minutinhos de tempo ainda frutífero que me sobram numa noite para me aconchegar no meu grande sofá do mundo dos blogs. Esse imagem é como eu me sinto de verdade, quando eu posto, ou quando leio coisinhas intensamente abençoadoras nos blogs que visito. Então são minutos como esses que provocam um crescimento sensível para tempos futuros. Por isso, ainda nesse entendimento de compartilhar, vou deixar com vocês a definição de pecado dada por Suzana Wesley a seu filho John. Ainda essa noite descobri que minha mãe sabe de cor. “Qualquer coisa que enfraqueça a tua razão, obscureça a tua percepção de Deus ou usurpe o prazer das coisas espirituais, qualquer coisa que faça aumentar a autoridade do teu corpo sobre a tua mente, essa coisa é para ti pecado”. Suzana Wesley.
Profundo, hein? Me faz querer rever um monte de coisas.

terça-feira, agosto 19, 2008

Não é tarde

Não é muito meu estilo postar letras de música. Mas essa aqui tem tido uma importância muito grande. Ouvir essa música tem me desafiado a lembrar que tenho um Deus que controla o Universo e me faz entender que as minhas expectativas para com Ele devem ser as melhores, so impossível para além. Espero que vocês ouçam essa canção e meditem nessa letra que de fato tem me aberto os olhos. Fiquem na paz de Deus!

Não é tarde - Fernanda Brum

Composição: Anderson Freire

Não é tarde para se sonhar
O céu ainda é azul há esperança
É só olhar no olhar de uma criança
No sorriso de uma mãe que deu à luz

Ouvirei os testemunhos
De bravos homens que venceram
Ouvirei dos cegos
Que ainda esperam a visão
Ouvirei canções que marcam
Toda uma geração
Não é tarde
Pra sonhar

Não é não
Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
Pois nunca é tarde, não é tarde para se sonhar
(pois nunca é tarde pra sonhar)

Sempre há uma esperança
Para aqueles que esperam
Firmes nas promessas do Senhor
O Deus do impossível
Haja o que houver
Eu sonharei
Seus lindos sonhos viverei
Não desistirei

terça-feira, agosto 12, 2008

Embolado de forma perfeita (isso faz toda a diferença)


Tem horas que tudo se embola de forma perfeita. Alguém até sente a vontade de blogar, mas, por que? Não sou daquelas que pensa que tudo que é escrito tem que ter uma função didática no evangelho ou coisa assim, acho que cristão tem, sim, o direito de ler simplesmente pelo prazer de brincar com o imaginário.
De qualquer maneira, postar aqui tem um sentido especial pra mim, como postar em seus respectivos blogs
deve ter para cada blogueiro que tenha algum carinho pelo ofício.
Mas retomando o começo de tudo, tem horas que tudo se embola de maneira perfeita. Contudo, será que é possível uma embolação perfeita?
Eu creio que sim. Creio que os momentos confusos pelos quais passamos, em conjunto, formam um todo que faz muito sentido na ótica de Deus. E daí a uns tempos, Ele puxa um fiozinho e surge um fio completo, que nos leva ao lugar que Ele deseja.
Temos um Deus que termina o que faz, diferentemente de nós, que deixamos muitos parênteses pelo caminho. Entregar-se a Ele e à sua eterna sabedoria faz toda a diferença. Eu não preciso entender tudo, eu não preciso saber para onde cada pedaço de fio embolado vai, eu só preciso estar do lado de Quem sabe! Isso faz toda a diferença.

sábado, julho 26, 2008

como B. explica a linguagem

"A linguagem = nem sei se eu a tenho ou se ela me controla. Sinto agonia tem vezes. Quero dizer, rrrr, mas não consigo, não sai, não corresponde ao que imaginei. Luto com as palavras. Sempre. Eu volto. Tento apagar, passar uma borracha mental naquilo que saiu estorvado. Gosto de expressar, de ser exata, de desenhar com letras e de te dar uma imagem do meu coração. Sem romancear. Só para dizer. Dizer. Libertário. Quero falar mais e tu queres me ouvir. Alcancei teu coração com essas palavras meigas que bolei, arquitetei no cantinho do meu quarto. Eu invento, baby. Faço um fingere do real das minhas emoções pra você ler. Finjo, mas não minto, sacas? Amo-te assim como existo, relação de conformidade, causalidade, consequência, temporalidade, condicionalidade, ou seja, tudo que as adverbiais me permitem. Você está entendendo? Meu amor é daqueles que me obriga a dizer, amo assim, com palavras calculadamente pronunciadas, pra te agradar. Uma linguagem facista que obriga a dizer, (como ensina Barthes) assim como um amor facista que não me deixa opção além de te amar e de te querer. Vês? Não queria romancear. Mas não me restam alternativas. Sou obrigada a dizer. a amar. a fingir, poeticamente, claro. Obriga-me a tua leitura a acabar isso aqui com um final legal, mas ele não há. Nem a leitura há, afinal. Oras, só estou pensando! E outra, já chegou o ponto. Vou descer do ônibus."


"A língua, como performance da linguagem, não é nem reacionária nem progressista; ela é simplesmente fascista; porque o fascismo, não é impedir de dizer, é obrigar a dizer"Leçon inaugurale au Collège de France, 1977

sábado, julho 19, 2008

o que é viver: através das minhas últimas vivências


fazendo um breve account dos últimos dias: entrei de férias na facul. fiz treinamento num curso de inglês. estou preparando a Classe de Cinco Dias (programa evangelístico para crianças). fui num show da Fernanda Brum (amei). sumi do blog. Deus curou meu coração. chorei um bocado. sofri mais um tanto. abri meu coração. estou crendo para além das evidências. sou mais crente do que antes. amo ainda mais o meu Deus. Ele se tornou mais real. adquiri mais clareza ainda sobre o chamado. me decepcionei com uma pessoa (aff). aprendi que a vida é assim mesmo. amo ainda mais essa mesma pessoa. Deus se provou como PAI. admiro ainda mais minha família pastoral. me consumi de tanta coisa pra fazer. fiquei sem tempo até pra pensar. aprendi coisas novas. tive algumas idéias brilhantes. a modéstia me abandonou. agora consigo falar um pouco mais de mim mesma. Como dá pra ver, quase nada aconteceu! rs, mas viver é ver coisas, é aprender tudo, é sofrer também, é rir de bobeiras. viver é estar disposta a botar a cara na telinha e não se intimidar. Viver é se arriscar numa aventura incerta. É se surpreender com o ser humano imerso no pecado, mas também se surpreender com aqueles que mergulham no Senhor e em sua santidade. Viver é ser capaz de ver e refletir, de digerir o que está ao redor. Sem reflexão, sem crítica , a gente só existe.

segunda-feira, julho 07, 2008

o sonho da Biblioteca Infantil

Sempre sonhei em implantar uma biblioteca infantil na minha igreja. Mas sempre houve muitos empecilhos a isso. Então, antes que durmisse no ponto de tanto esperar, comecei a emprestar os livros para as crianças em caráter experimental, pra ver se eles demonstram responsabilidade (o que se provou verdadeiro apenas para algumas crianças), e pra começar de fato, porque desde o momento em que anunciei a eles que iniciaria uma biblioteca, eles não pararam de perguntar.
Em suma, a experiência está sendo ma-ra-vi-lho-sa. Há crianças que já leram quatro livros. Falta livros de qualidade pra emprestar. Começa a se despertar o gosto pela leitura nestes pequenos. Estou amando isso tudo. Fico cheia de alegria quando aparece uma criança dizendo que quer pegar um livro na Biblioteca. E olha que nem estou divulgando tanto!
Como mencionei antes, a biblioteca ainda funciona em caráter experimental. Não há registros ainda, ou coisas do tipo. Nem há um nome ainda. Por isso, estou aberta a sugestões para quem tiver.
Por hora, só posso dizer que é um dos meus sonhos mais profundos que se realiza. Eu sei por experiência de vida, a importância que o contato com livros na infância pode fazer.
Quero que as crianças que Deus nos deu para cuidar conheçam livros cristãos, de ficção ou não, que sejam de qualidade.
Outro projeto que está em meu coração é o de abrir espaço para livros escritos pelas próprias crianças para que sejam lidos pelos amiguinhos e até pelos adultos. Tudo isso faz parte do projeto de Departamento Infantil que está no meu coração, alcançar a vida da criança nos mais diversos aspectos.

quinta-feira, julho 03, 2008

Escola Bíblica de Férias - vídeo

Muita gente acaba parando aqui no blog por conta do vídeo que eu fiz para a Escola Bíblica de Férias no ano passado. Muitos outros pedem se eu poderia ceder o vídeo. Bom, coloquei no 4shared e vcs podem baixar livremente. Espero que todos que me pediram o vídeo tenham a possibilidade de baixá-lo. Só tive chance de "upar" agora.

o link =
http://www.4shared.com/file/53778661/67b3b969/ebf_filme1_00019.html

terça-feira, julho 01, 2008

como B. explica a saudade

"Mas você cisma em me escapar. Eu retorno, eu insisto, te procuro. Mas você persiste em escapar. É a tua memória que eu quero, o teu sorriso que esquenta, a tua voz macia. Mas não me recorda, porque você cisma em me escapar. É como se o cometa fugisse ao Pequeno Príncipe. É como se a sombra fugisse àquele que a produz. Você cisma em me escapar, mas não é capaz. O tempo fez isso. A distância fez isso. E tento tanto te recuperar, mas você cisma. Cismadamente meu. Meu poder em te reconstruir já é maior, hábil pela prática. Penso você, como obra da mente, da lembrança duvidosa. Quero memória viva, falante, presente e capaz de te fazer real. Mas calma que o amanhã bate à porta. Nem faz tanto tempo assim desde o último instante. É que nada substitui o teu real, a minha ficção me serve por instantes, mas nada é como a tua vivência. É que as memórias me escapam, como borboletas avessas à rede, como areia pelos dedos. É o teu estar que poetiza a minha vida, que me entrega canções de manhã cedo e que me dá olhares curiosos pela felicidade que mal se explica."

sábado, junho 21, 2008

friendship

AMIZADE =
Nunca tentei um post sobre o tema. Tem assuntos que me assustam. Tremo diante deles simplesmente por parecerem grandes demais para que eu ouse dizer qualquer coisa. Vou quebrar o protocolo agora. Tenho alguns insights sobre amizade. São poucos, mas são válidos.
Uma amiga nesse fim de semana me fez pensar neles.
1- Um bom amigo pode ser uma pessoa completamente diferente de você. Ele pode ser alto e você baixo. Ele gordo e você magro. Ele expansivo e você retraído. Não importa. Vocês são amigos.
2- Surpreendentemente, algumas semelhanças incríveis podem aparecer entre você e esse amigo: como guardar todos os papéis de presente que a gente ganha no aniversário ou se amarrar em assistir futebol, principalmente internacional.
3- Um bom amigo pode ser alguém com quem você está raramente, mas isso nunca te faz duvidar de quem ele significa para você.
4- Um bom amigo se alegra com suas vitórias. Às vezes mais do que você mesmo.
5- Um bom amigo não apaga tudo que você fez de bom para ele por causa de uma falha de percurso.

Não sou uma pessoa de muitíssimossss amigos. Mas a esses ótimos amigos que tenho, busco dar minha fidelidade.
Mas esses cinco aprendizados vieram de uma amizade longa com alguém mais que especial.
Rafaeli, essa vai pra vc!
Feliz aniversário!
20/06

sexta-feira, junho 06, 2008

Marché

-- "Moço, me vê um post grande?"
-- "Não tem menino, tá em falta. Volta mais tarde, ou lê os
fragmentos aí embaixo."
fragment one

Ela joga com todo mundo. Brincar com as aparências é simples. Ela seduz, engana, faz esqueminhas com o coração dos outros. Quem não faz? E nem se cansa. Porque na maior parte do tempo, ela sai ganhando. Ninguém ou quase ninguém percebe. Mas também se arrepende, porque no fundo, no fundo mesmo, todo mundo sabe de suas más motivações. Está estampado, claro, nem precisa alguém lhe avisar. Conhece seu mal, convive com ele, mas finge que não existe. E dessa forma, acaricia o pecado como se fosse um animalzinho de estimação.
- Provérbios 4:23-27 -
fragment two

Eu via pela janela. Duas bocas conversando, duas almas conectadas, dois sorrisos se encontrando. Uma que tanto gesticulava, e ambas se importavam, uma com a outra. Porém, eu nada ouvi. Mas o diálogo consegui preencher.Fazia tanto sentido de dentro do ônibus onde estava. As palavras pouco significavam, comparadas ao encontro. O encontro, nada melhor que isso. Dois seres amigos, fiéis, verdadeiramente interessados um no outro.
-Provérbios 15:30-
fragment three

Ela fala pelos cotovelos e nada entende. Ela cansa alguns ouvidos, que perdem cada palavra, com um olhar distante. Ela só não percebe que se parar de encher os ouvidos alheios, alguma coisa começará a fazer sentido. Se ela aprendesse a ouvir, se aprendesse a dizer: "nada sei, preciso de ajuda". Se ela entendesse que não existem apenas os seus problemas egoístas no mundo.
- Provérbios 10:19 -
fragment four

Ele tinha três filhos e uma esposa grávida. Tinha o hoje e o amanhã suspenso na cabeça. Como se uma nuvem de preocupação pendurasse seu cérebro. Até que um dia de tão cansado, ele agiu. Como se nada mais fosse importante, (e de fato nada mais o era), ele orou.
- Mateus 6:34 -

segunda-feira, maio 19, 2008

Nascimento

"A alegria de ser eu mesmo e mais ninguém. Poder celebrar a essência do que tenho por dentro. Experimentei hoje, por um breve momento, a sensação de mim mesmo, e gostei. Me libertei de grilhões de comparação, de auto-depredação, da auto-negação. E agora que descobri que posso ser eu mesmo, quero sê-lo 24h, os 7 dias da semana, sem folga e fazendo hora extra. Prazer algum excede ao cumprir meu próprio papel, interpretar as linhas escritas pelo "Roteirista Supremo". Posso ser o "eu" e experimentar as coisas, na ordem que devem ser, e confiar, e me entregar e deixar que o Espírito me leve à completude do meu ser." E foi no momento em que disse tais palavras, que ponderou essas coisas, foi esse o momento em que ele começou a viver.

sexta-feira, maio 09, 2008

Aquele que não quer justificar a ausência

Não cabe mais a um blogueiro saudável ficar justificando sua ausência. Quem é blogueiro sabe e entende que tem horas que é necessário sumir. Não é que queiramos fazer isso. Mas acontece. Posts ocorrem toda hora, de manhã então, quando eu vou pra faculdade, eles fazem visita certa. Mas quando eu posso postá-los, eles somem sem dar notícia. Eu abro o blog, olho pra ele, quase que com um maravilhamento e admiração. Mas nada. Nada me ocorre.

Então num dia desses pensei que não vou mais dizer que tá uma correria, que tô cheia de provas, de trabalho na igreja, etc e tal, porque disso vocês já sabem. Vocês vivem o mesmo não é?

Mas o pior, o que encrenca mesmo, não é sumir por sobrecarga de atividades, é sumir por não conseguir manter o padrão, o nível da conversa. Amargamente falando, também me ocorreu esses dias que esse mundo de blog é meio cor de rosa, tudo é tão bonitinho, vamos revolucionar o mundo coisa e tal. Mas e daí? E em termos práticos, cadê?

Tem uma dose de revolta aqui, e me entendam, não é com vocês. É comigo mesma. Essa retórica falsa que me faz parecer o "cara" quando tá tudo se embolando, quando nem eu mesma consigo o padrão do qual o meu Deus é digno, é isso que tá estampado quando páro e penso em mim, quando penso em postar, a decepção e descrédito com a minha pessoa não me abandona. Oras, quero ser sincera, sou assim mesmo, talvez a ausência é falta do discurso "eu-entendo-tudo--resolvo-tudo--sou-o-cara". Não é assim o meu presente, toda hora me deparo com as falhas, (the flaws of character). Mas que horror não é, ser cristão e não brilhar é como ser o sal que perdeu o sabor e para nada mais serve, a não ser para ser pisado. Eu sei, eu sei e isso me persegue.

Talvez a ausência venha da falta da capacidade de manter o discurso. Não me entendam mal, novamente eu peço. Eu amo o meu Deus, mas aborreço a mim mesma, porque falho e não o deixo contente muitas vezes. Horrível. Acho que Paulo se sentiu assim em alguma ocasião porque ele disse no meu livro predileto: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?", mas mais adiante ele diz: "PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Rm 7:24 - 8:1)

Por isso mesmo, porque eu sou totalmente passível de falhas, Deus providenciou salvação em seu Filho Jesus, e isso torna tudo bem mais fácil, e a salvação está perto, é acessível.
Acho que o problema não é se sujar, mas é nunca estender a mão pra se limpar, é se acostumar e se limitar a uma vida de erro.

Quem sabe quando, talvez, meus posts voltem àquele tom cor-de-rosa que deixa todo mundo feliz, mas por enquanto sou mais um approach mais realista, porque é tudo o que eu tenho a oferecer.

quarta-feira, abril 16, 2008

fui sair de casa dia desses à noite, e ao me colocar no pé da porta, me deparei com gotas de chuva... mas eu não sabia que estava chovendo! Pode parecer algo corriqueiro, mas eu estava quase saindo, e a chuva nem me passou pela cabeça enquanto estava no conforto do meu lar, por isso me surpreendeu tanto!

Voltei e peguei o guarda-chuva.

Foi nessa hora que eu pensei que isso renderia um post.

Acho que podemos ficar tão fechadinhos na nossa religiosidade, comodismos, e outras coisas que nos deixam crentes doentes e não perceber a "chuva" que está caindo lá fora. E não percebermos o mover de Deus na distância de uma parede somente.

Por isso, é melhor ficar mais atento ao som da chuva, à temperatura e à previsão do tempo. E se chover, saia sem guarda-chuva mesmo, e se deixe encharcar com o poder de Deus.

segunda-feira, abril 07, 2008

o desmancha prazer da reclamação

Quando estou ensinando minhas crianças, nada me desanima mais do que reclamação!
Alguns deles não sabem esperar para o momento das brincadeiras, ou simplesmente acham que a atividade que estou realizando não está boa, ou acham que "eles" mandam na situação!
Essas crianças reclamonas acabam perdendo o momento das brincadeiras, pelo qual eles anseiam, porque gastam o tempo com suas reclamações, ou tem as brincadeiras canceladas por não saberem usufruir das outras atividades.
Sabe que tem dias que eu até preparo brincadeiras criativas, ligadas à lição bíblica, mas eles desmancham a minha motivação, o meu interesse em agradá-los. Alguns são tão murmuradores durante a aula que exterminam o desejo do meu coração em diverti-los.

A reclamação tem o poder fatal de desanimar o coração de alguém que intimamente está planejando te agradar. Confuso? É bíblico.
Por tanto murmurar, o uma geração inteira do povo de Israel deixou de entrar na Terra Prometida, acho que eles arrasaram com o desejo interno, com a vontade expressa que Deus tinha de fazê-los entrar na terra prometida, que manava leite e mel.
É, acho que se o grupinho de crianças reclamonas soubessem o quanto elas perdem quando reclamam, mesmo sem razão, elas deixariam de fazer isso, aproveitariam o momento da lição, do louvor, se alegrariam, e ainda teriam as brincadeiras para coroar a noite.
Mas transportando para as nossas vidas, se eu e você soubéssemos o quanto entristecemos o coração do nosso Deus ao murmurar, ainda mais sem razão, se soubéssemos quantas bençãos, quanto cuidado Deus tem reservado para nós, deixaríamos de reclamar e começaríamos a bendizer o nome Dele instantaneamente.

changing the status quo

Por que é tão difícil mudar alguma coisa? Por que parece que as pessoas estão sempre acostumadas à mediocriadade e pensam estar na melhor? Cansei de planos desfeitos, adiados. Tem horas que sinto vontade de correr mais rápido que o tempo e fazer tudo acontecer de uma vez. Por que complicar? Acho que um pouco de boa vontade resolve tudo às vezes. Tem um monte de idéias fervilhando em minha mente e penso que coisa linda seria colocá-las em prática de uma vez.

Tenho falado com uns amigos meus que cada vez mais eu acredito que tudo na vida, tudo mesmo, sem excessão, vem com muito esforço. Não há nada de bom que eu queira conquistar que não exija de mim um emprego de minhas habilidades, do suor etc. Essa história de que "caiu do céu" praticamente não existe, salvo em raras excessões onde a vontade de Deus assim deseja.

Não vou esperar o tempo passar e ficar pensando nos projetos empilhados na gaveta do meu coração, não vou deixar o tempo passar e chorar a visão dos meus sonhos que se desvaneceu.
Você não precisa que eu te explique como o tempo passa rápido, você planejou 2008 e ele está quase na metade.

Vou colocar meus projetos em prática, vou me apaixonar pela minha visão, vou regar meus sonhos com oração e jejum. Vou trabalhar como se tudo dependesse de mim e vou orar e esperar como se tudo dependesse de Deus.

Não vou mais usar a desculpa do "não tenho tempo", porque pra certas coisas, a gente nunca vai ter tempo mesmo, mas acaba achando tempo pra desperdiçar com a TV, ou com as coisas nada úteis na vida.

Eu fui chamada, você também, e quando eu e você passarmos dessa vida, o que vai se perpetuar pela eternidade é apenas o legado espiritual que deixamos, o quanto conhecemos do nosso Deus e quantas vidas fomos usados para transformar.
Por essas coisas eu devo trabalhar, os sonhos que o Senhor colocou no meu coração são dignos do meu suor, do meu choro, das lágrimas reprimidas e da dor da conquista.

quarta-feira, abril 02, 2008

....Analogy....



Quando uma criança brasileira se muda de estado, ela entra em contato com uma nova variedade da língua portuguesa. Ela começa a adquirir novas maneiras de produzir as palavras, aprende novas gírias, ou seja, ela adequa o seu falar ao falar daquela região. Mas como é que isso acontece? Será que essa criança intencionalmente resolve imitar os "s", "r" ou "tu", essas coisas? É certo que não. Ela passa a falar diferente simplesmente por ouvir essa nova variante o tempo todo, e ainda, por não ser resistente a mudanças.
E daí?
Daí que quero ser como uma criança, ouvindo sempre o Pai falar, me desarmar dos meus preconceitos e resistências, e aprender o dialeto Dele. Que de tanto ouvi-Lo, o meu falar indique de onde eu venho. Assim como um mineiro se denuncia pelo falar, que a minha cidadania celestial fique estampada quando eu abrir a minha boca.

segunda-feira, março 24, 2008

Quando a identidade fala mais alto...


O clamor era intenso e já chegava até os céus. Escravidão era tudo o que eles conheciam numa terra que antes significava escape da morte e extinção. Mas agora tudo era tão ruim e nebuloso. Deus ouviu. E tomou uma decisão. Escolheu um homem, cuja experiência de vida se encaixava (não por acaso) perfeitamente no seu plano. Esse homem tentou fugir, mas não foi possível. Era ele. Todo o quadro estava se formando, Deus estava movendo todas as peças desse tabuleiro de xadrez, onde a batalha era atroz.

É importante, contudo, atentar para as palavras de Faraó: "Respondeu Faraó: Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel." (Êx 5:2) Podemos conjecturar que, se Faraó soubesse de que maneira ele iria conhecer o Senhor, talvez não tivesse dito tais palavras.

Para momentos de crise, onde ninguém parece te receber bem, para momentos de opressão, onde a libertação é a única solução, o que conta é a identidade. O trabalho que Deus faz com Moisés de maneira a reavivar nele a esperança é retomar quem ELE é, quem ELE é desde os tempos de Abraão,o mesmo Deus, fiel, infalível, que operou milagres, o Deus Todo-poderoso, um Deus de aliança.Mais tarde no versículo 8, Ele volta a dizer: "Eu sou o SENHOR."

Em seguida, Deus ordena a Moisés que torne a dizer essas coisas tanto ao povo quanto a Faraó.Contudo, há um espaço entre essa ordem e a ida de Moisés até o palácio de Faraó. São 14 versículos unicamente dedicados à genealogia de Moisés e Arão. Estariam esses versículos ali por acaso? É óbvio que não.

Deus não estava resgatando tão-somente a Sua identidade diante do povo e de Faraó. A genealogia de Moisés e de Arão vem com artifício do Senhor para dar suporte àqueles que Ele estava usando. Se por algum motivo, eles estivessem sem credibilidade ou coisa assim, a genealogia dos dois estava sendo resgatada para mostrar ao povo que eles eram parte do povo escolhido de Deus, da tribo de Levi. Homens a quem a Palavra do Senhor tinha vindo. E diz assim:

"São estes Arão e Moisés, aos quais o Senhor disse: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito, segundo as suas hostes. São estes os que falaram a Faraó, rei do Egito, a fim de tirarem do Egito os filhos de Israel; são estes Moisés e Arão." (Êx 6:26-27)

Tem um peso nessa afirmação. Quem somos está patente diante do nosso Deus. Mais do que ninguém, Ele sabe quem somos. Quem somos no mundo espiritual conta muito. Antes de fazer um grande obra, Deus deixa patente sua própria identidade, e deixa também, registrado para todos aqueles que leriam sua Santa Palavra mais tarde, quem eram Moisés e Arão. Deus está realmente interessado em quem nós somos. O mundo pode estar preocupado com a roupa que você vai vestir amanhã, ou com o carro que você estaciona na calçada. Deus tem mais interesse no ser, do que no "ter".

Esse questionamento golpeia a minha mente. Qual é a minha realidade diante do Deus Todo-poderoso? Quem sou eu? Não quero saber da imagem idealizada que faço de mim mesma, mas quero saber quem realmente sou. Sem as máscaras. Quem realmente sou é que comunica com o Senhor, lembra-se de que Ele disse que vê o coração? Quem eu sou é que comunica com as pessoas, porque ninguém agüenta encenar por muito tempo. Nas palavras e atitudes espontâneas, meu ser real toma asas.

Não é correto deixar de se fazer essas perguntas a si mesmo com medo de se decepcionar com o que vai encontrar em si mesmo. A identidade do nosso Deus nos dá respaldo e confiança para sermos transformados segundo à Sua imagem:

"e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; [...] porém Cristo é tudo em todos" (Cl 3.5-11)


quinta-feira, março 20, 2008

por que não postar?

tem uns dias que estou tentando postar
quando eu chego aqui, as palavras somem
somem como também some a inspiração
a capacidade de perceber o tudo à minha volta
queria ser um poço de pensamentos, de verdades espirituais
mas tem horas q não passo de uma poça, lamacenta, que serve pra quê?
tá lá a Bíblia, linda, cheia do tudo
podia ir lá,
tirar um monte de lições que um monte de gente já tirou
postar bonitinho aqui
nem ia tocar você, leitor
só pra encher
eu passo,
quando houver propósito,
quando as palavras, meus sintagmas
forem fruto de vida, da experiência,
aí eu posto

quarta-feira, março 19, 2008

biblicamente falando

Elas poderiam ter qualquer idade, mas eu não sei porque, mas as imagino com mais de 40. Elas poderiam ser lindas, ou de aparência mediana. Contudo, sem mesmo me dirigir a aspectos não recuperáveis de suas histórias, quero falar das parteiras do livro de Êxodo. Faraó ordernara que elas matassem todos os meninos nascidos aos hebreus. Como temiam a Deus, elas desobedeceram à maior e suprema autoridade do Egito e deixaram viver os meninos. Deus vê a atitude dessas mulheres de arriscar o próprio pescoço por temor Dele e faz por elas o que mais ninguém poderia ter feito: constitui-lhes família. Lá no fundo de seus corações, eu tenho certeza que esse era o mais sincero desejo dessas mulheres, talvez (e assim voltam as conjecturas) elas já tinham perdido as esperanças de terem os próprios filhos. Tinham ajudado tantas mães a realizarem os seus sonhos com os seus bebês, mas nunca puderam ter os seus próprios. Quantos bebês nasceram sem que essas mulheres vissem a possibilidade de embalar seus próprios filhos. Mas o Deus, que conhece os detalhes e lê nossas almas mais profundamente que qualquer um, interviu na história. Elas simplesmente tiveram a alegria de serem esposas e mães, mas a alegria dobrada de saber que o próprio Deus, cujas obras são perfeitas, juntou as pecinhas para formar a família da qual agora elas podiam se alegrar. Isso não te faz querer isso também? Que Ele seja o autor da sua história, o pai que te dá em casamento, que concede os filhos, que providencia tudo? A mim faz.

a quem interessar possa:
Êxodo 2:21 "E, porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes constituiu família."

domingo, março 09, 2008

Gostaria que o meu amor pelas crianças e o prazer de ensiná-las transparecesse aqui no blog. Queria que todos soubessem de quanto é necessário fazê-lo, do quanto podemos plantar as sementes certas nos corações ainda ingênuos e sermos usados por Deus para transformar uma vida. Na maioria das vezes em que estou com eles, aprendo mais, e vejo o quanto é importante se preparar, com recursos, empenho para que eles recebam o melhor. Queria que meu amor por eles me inundasse sempre, pra que eu não corresse com as coisas, mas que me dedicasse ao máximo. Simplesmente não tem preço você exercer o seu ministério, seja Ele qual for, e ver coisas acontecendo, pessoas aceitando a Jesus, pessoas crescendo na fé, e se tornando quem Jesus quer que elas sejam. Escolha de vida, foi essa que eu fiz. E é somente, e tão-somente o que me faz feliz.
Tenho reparado uma mudança nos posts aqui no blog, me parece que estou deixando as coisas mais pessoais, centradas em alguns aspectos da minha vida, ao contrário dos posts iniciais, que eram mais bíblicos. Não sei se isso é ruim, só acho que uma coisa não deve anular a outra. Afinal, tudo que é pessoal, tudo que é bíblico, que vem das Escrituras, devia ser uma mistura só mesmo, pra que Deus e a vontade Dele estivessem em tudo o que somos, cada respirar.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Rebecca Barlow, Romanos 12:2, o blog

A nível de informação (não sei até que ponto útil), o nome deste blog provém da minha admiração pela banda de irmãs BarlowGirl. A guitarrista Rebecca tem como seu versículo bíblico favorito Romanos 12:2. Na época da feitura desse blog, eu costumava ouvir a banda e ler entrevistas na mesma freqüência com que bebo água, então as coisas relacionadas a elas estavam fervilhando em minha mente.

Além disso tudo, acho que a renovação da nossa mente segundo a mente de Cristo é um dos temas centrais do Cristianismo, nós cristãos fomos chamados pra remar contra a corrente do pensar humano do
mundo atual.

Prometo que qualquer dia desses posto sobre o assunto, mas no momento ele ainda me parece um iceberg de todo tamanho, tanto submerso, quanto à vista, e ainda não me atrevo. De qualquer maneira, cada post desse blog tem por trás a intenção de transformar o pensar, segundo o pensar de Cristo.


Ademais, parando para pensar, não só a música, mas o tipo de vida que essas meninas levam me influenciou demais nesses últimos anos. A banda carrega uma ideologia forte de pureza, de esperar em Deus, auto-estima, bom, são muitos os princípios que elas pregam, além do "journaling", que é como escrever tipo que um diário, um hábito que elas defendem com ardor, para que a nossa caminhada com Deus possa ser cada vez mais pensada e ampliada. Talvez elas nunca saibam, mas é legal refletir agora no quanto influenciaram a minha vida positivamente, e a de milhares de meninas nesse globo terrestre.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Tema: Amor, infância e coisas mais...

arrumando as tralhas, encontrei um caderno dos meus 7 anos e olha só:

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13/09/91

Redação

Tema: Amor

.O Amor é um sentimento muito bonito.
.Existem 2 formas de amar: o amor de Deus por nós e uns amar os outros.
.Existe mas amor no mundo do que ódio. Eu amo a minha vida, eu amo porque eu aprendo coisas boas.
.Eu amo a Cristo, faço só o que ele gosta.
.E sempre eu quero ter o amor no meu coração!

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Alguns errinhos de português, alguma visão romântica do mundo, mas amei ler essas palavras, encontrei comigo mesma aos 7 anos. E ainda, salvei-me do medo de nunca ter escrito nada de fato quando criança. Valeu à pena a faxina!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

eu pensei

que tenho lido tantas coisas boas nesses blogs amigos, que não quero que se percam as palavras. Quero ser a soma de todas elas colocadas na prática.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Deus, a fé e minha profissão...

passeando por aí, na blogosfera cristã, nos blogs afins, li um post da Elck, o *Sabedoria* em que ela dizia que estava lendo o livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu." A Elck é estudante de Psicologia e está encontrando muita coisa interessante nesse livro, que relaciona sua fé às descobertas recentes da psicologia. Estou citando esse fato porque acho vital que nós, cristãos pensantes, rs, busquemos integrar nossas profissões com aquilo que Deus pensa delas, ou melhor, que busquemos encontrar Nele, tudo o que Ele tem a nos ensinar sobre nossas profissões. Temos um Deus de infinita sabedoria, que controla tudo, entende tudo, soberano, um Deus que conhece todos os ofícios. Devemos, ainda, dentro da nossa realidade, buscar servir a Deus desempenhando a nossa profissão.
Sou professora, na igreja e na vida profissional. E, estes dias, estou lendo um livro chamado "Ensinando para transformar vidas" do Howard Hendricks. Ainda não acabei, mas devo dizer que é um clássico! Qualquer professor, seja no ministério ou profissional da área, deveria ler esse livro, e vivê-lo principalmente. É interessante ver o quanto de amor e paixão o autor emprega nessas páginas, é como se tudo que ele cresse e vivesse transbordasse pelas páginas, porque tudo é muito real e verdadeiro. Tudo se aplica à vida de um professor e julgo esses conceitos que ele propõe como o elementar que um mestre chamado por Deus deva saber.
Ah, paixão total por essas palavras, fico lendo e orando pra que Deus escreva essas verdades no meu coração como alguém que grava palavras numa pedra, sem que possam ser apagadas. Se você gosta de ensinar, precisa lê-lo!
Anyway, seja lá o que quer que você faça, eu creio profundamente que Deus sabe a melhor maneira que você deveria desempenhar sua profissão. Há tempos atrás, li esse versículo que me ensinou essa verdade, vejam vocês mesmos:
"Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
Não é antes assim: quando já tem nivelado a sua superfície,
então espalha nela ervilhaca, e semeia cominho;
ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida,
ou centeio, cada qual no seu lugar?
O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.
(...)
Até isto procede do SENHOR dos Exércitos;
porque é maravilhoso em conselho e grande em obra."
Isaías 28:24-29

sábado, fevereiro 09, 2008

Acho tão difícil lidar com o inesperado. Às vezes queria que a vida viesse com um manual do tipo: "Faça isso ou aquilo quando certas coisas acontecerem". Mas não é assim. Tenho o hábito de programar tudo, imagino tudo, acerto na cabeça, e aí não acontece, ou acontece outra coisa. E aí então? Não sei o que fazer. Ligando uma coisa com a outra, hoje no culto jovem da minha igreja, o pregador disse que Deus é um Deus que faz coisas novas (Isaías 43:19). Ele disse ainda que muitas vezes ficamos apegados a sonhos antigos, que não se realizam por anos afim, e nem vão se realizar, porque o que Deus quer mesmo, é que nos abramos para o novo. Temos um Deus que faz coisas novas, então eu não deveria ter tanto o pé atrás com o inesperado, afinal, quando acontecer, com certeza Ele me mostrará o que fazer.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

e Ele trabalha...


sumi mesmo né?
mas ainda amo esse blog, ele faz parte dos meus dias, dos meus pensamentos, da minha vida. Escrever é mesmo uma arte e gostaria de ser mais proficiente nela. Tudo vem com a prática, né? Mas o fato aqui é que o tempo que fiquei sem postar não deixou de ser frutífero. Sou do pensamento de que devemos aprender algo todos os dias. Tudo que nos acontece é fonte de reflexão, de aprendizado. E tudo serve, tudo nos leva de volta para Deus.
Tenho aprendido coisas. Uma delas, a que vou relatar aqui, é que o Reino De Deus na face da terra é simplesmente a coisa mais linda que existe, depois de Deus, é claro! É incrível testemunhar pessoas de diversas nações, línguas e raças, com o mesmo Deus, as mesma vivências, a mesma fé em Jesus Cristo, morto e ressureto pelos nossos pecados, e vivendo as mesmas experiências com o Espírito de Deus.
Dia desses, um dia memorável por sinal, conheci pessoalmente a Rosana do Vamos Para o Leve
e foi algo assim incrível, trocamos experiências, ouvi mais do que falei, mas tudo do que ela disse era tão real, tão certo, tão de Deus, e me fez parar pra pensar como o nosso Deus trabalha. Sim, Ele TRABALHA, Ele não está inativo, esperando somente a hora de retornar e pronto, mas Ele está agindo de fato na vida daqueles que dizem sim. Ele é real e trabalha. Trabalha em Inglês, em Português, Mandarim, Suhali, etc e tal.
Outro dia desses, ajudei a um pastor interpretando um outro pastor americano numa conversa, e mais uma vez, Deus me permitiu ver como Ele está em todos os lugares, ensinando as mesmas verdades espirituais ao mesmo tempo, a pessoas dos mais diversos tipos. Me alegrei com Ele, e disse "ogrigada", bem, não lembro se disse mesmo, deveria, mas estou dizendo agora: "Obrigada Deus, por não desistir de nós, por nos olhar e amar mesmo quando não temos nada a oferecer. Muito obrigada por se dar ao trabalho de nos ensinar, de falar conosco e mostrar com tudo isso que somos amados. Não tem presente melhor do que tudo que fizeste por nós e tudo que ainda fazes. A Tua obra é real, e por favor, continue-a no meu coração."

quarta-feira, janeiro 16, 2008

breve update...

não muito presente à blogosfera esses dias, e como isso me faz falta. Em suma, a razão principal é uma Classe de 5 Dias que estou realizando essa semana. Para quem não conhece, esse classe acontece em algum lar onde se reune as crianças de uma vizinhança, com o objetivo de evangelizá-las. Tá sendo uma maravilha, sabe? Já teve a sensação de estar fazendo alguma coisa, e de repente ouvir-se dizendo a si mesmo: "Eu nasci pra isso!"? Pois é o que eu sinto. É um desafio imenso, cerca de 15 crianças, que muitas vezes ficam inquietos se a história se alonga muito. Mas é incrível ver que a criança ouve, crê e responde ao chamado de Cristo. Com eles é assim, sabe? Claro como a água, eles não duvidam, pelo menos não é a regra.
Tô me divertindo muito também, porque sempre saem aquelas pérolas, como: "É nessa história que tem os reis magros?" ou "Primeira Corintians 15!" ou "Segundo as Escristuras." São crianças e eu já os amo, e é simplesmente maravilhoso ver que eles já sentem também o amor de Deus, que é real para cada um deles. Coloco as fotos aqui, se eu conseguir algumas.
Toda essa semana tem sido regada a "Albertine" da Brooke Fraser, eu ouço tanto, e repetidamente, que já parece ser o meu próprio pensamento. Na música que dá nome ao cd, tem essa frase: "Now that I have seen, I am responsible." É assim que me sinto, agora que tenho visto a necessidade de evangelizar as crianças, sou responsável! Amo estar fazendo isso!
A propósito, a Classe de 5 Dias é uma tarefa para o meu curso de Professores Evangelistas de Crianças que faço na APEC, que por sinal está alargando as estacas do meu ministério.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

boas coisas que viram notícia...

Desde 1974 um delegacia de Tóquio recebe envelopes mensais com a seguinte inscrição: "Por favor, use isso para pessoas desprivilegiadas." De início, o envelope continha 1,000 yens, o equivalente a 9 dólares atualmente. Mês a mês, os envelopes continuaram a chegar fielmente, e a quantia só aumentava, de 3,000 a 5,000 e eventualmente 8,000 yens. Nessa terça, a delegacia recebeu o 400º envelope e a quantia foi doada ao conselho de bem-estar social. Por mais de 33 anos, alguém, anonimamente, envia quantias para ajudar a qualquer um que necessite, sem esperar recompensas em troca. A polícia de Tóquio prestou tributo a esse anônimo pelo seu ato de boa vontade. (fonte: Yahoo.com)
Gostei de ler algo assim, por ver a perseverança de alguém, em fazer algo mensalmente por três décadas, e ainda, pelo fato de a quantia não ser tanta assim, mas essa pessoa fazer o pouquinho que está a seu alcance.
Todos podemos, né?

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Novos céus e uma nova Terra...

Você já teve a sensação de experimentar algo tão ruim, tão impensável, que de repente tudo em você parecia estar suspenso? um misto de tudo, sede, nervoso na barriga, uma vontade imensa de andar e dizer qualquer coisa que fosse fazer você se sentir melhor? por experiência infelizmente própria, é horrível!
No meio de uma situação como essas, eu li num site alguém perguntando a um outro alguém se este acreditava no poder da oração. Respondi a mim mesma, que sim, que desesperadamente sim, que se isso não funcionasse, eu não tinha mais alternativas.
Agora eu penso naqueles que acreditam não existir um Deus, como é que eles se resolvem nessas situações? Que isso! Definitivamente eu não quero estar sozinha, qualquer que seja a situação. Nem estando bem, nem estando mal, de qualquer maneira, eu O quero. É incabível imaginar que tudo se resume a isso. É patético!
O mundo anda mal das pernas. É revoltante, e me desculpe mesmo, você, leitor, se eu pareço ser tão pessimista. É que simplesmente parece que tô vendo muito lixo junto. Ainda bem que existe um Deus Soberano. Ainda bem que isso aqui não dura para sempre.
As coisas darem certo é uma excessão, a lei é a mediocridade. Dá muito trabalho lutar pelo que é excelente, tem muito pouca gente disposta a isso. O problema é que tem horas que eu me esqueço disso. Eu dizia a minha mãe um dia desses, que eu tenho o desejo de que tudo aqui dê certo. Entretanto, não é assim que funciona, não aqui na Terra. Vai haver coisas ruins, vou encontrar gente de todo tipo. Vou sofrer um bocado, eu sei.
Simplesmente me esquecia de que ainda não estava no céu. E eu o quero tanto, mas de fato, passo a querê-lo menos, quando lembro de que tem alguns que ainda precisam carimbar o passaporte para lá por meu intermédio.
Ontem ensinei aos meus pequeninos na igreja sobre o céu. Eles perguntaram tanto, perguntas que eu gostaria de saber responder, mas não era possível. Mas o momento mais
up que houve, foi dizer a eles que lá no céu, a coisa mais importante seria encontrar Jesus, poder vê-Lo assim de perto, não apenas imaginá-Lo. Estive nas nuvens por uns instantes. Enquanto dizia: "Crianças, lá vocês vão dizer: É o mesmo Jesus que o Pastor Luiz prega, o mesmo que o Pastor Márcio canta!" e pude ver que alguns deles também estiveram nas nuvens junto comigo.
Como dizia antes, o mundo tá em crise mesmo, mas se pelo menos eu for útil na formação de alguns, se pelo menos eu lançar algumas sementes de vida, de salvação em Jesus, estou, estarei, com certeza, muito feliz, porque no final das contas, acredite você ou não, tudo isso aqui vai passar. Graças a ELE, que tem algo melhor planejado!

"E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram."
Apocalipse 21:4


"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor." I Co 13:13

quinta-feira, janeiro 03, 2008

índices

dia desses li um livro onde o autor dizia adorar coisas com botões. Eu gosto de índices. Não sei o que há com eles, mas parece que os índices dos livros que leio me descortinam um mundo que estou prestes a conhecer. Há vezes em que eu só leio o índice. E sinto como se tivesse lido o livro todo! Oras, balelas, mas acontece. Talvez os índices me atraiam porque eles sintetizam, ou porque definem. Seja lá o que for que há de interessante nos índices, eu queria ter um pra minha vida. Seria mais fácil pra eu mesma me entender. Quero um índice pra mim, daqueles curiosos, com títulos instigantes, questionadores, que me façam parecer uma pessoa interessante. Sabe que um mau índice pode acabar com o livro né? Eu diria que muita gente (eu!) julga o livro não somente pela capa, mas pelo índice, indeed. Acho que um índice me ajudaria a entender alguns dos meus momentos com mais clareza. Mas se eu tivesse um, sei que ele teria que ser reescrito muitas vezes, porque sei que estou em processo de transformação. Ainda bem! Sabe, ainda bem que não serei assim para sempre. Tem uns capítulos da minha história que simplesmente não podem acabar por aqui. Acho que Deus tem um índice pra mim. Acho que alguns tópicos seriam: "Daquelas vezes que ela me alegrou", "Onde minha filha chutou na trave", coisas assim... sei que Ele seria mais criativo, anyway. Não sei se é loucura dizer que Ele tem um índice, quem sabe? Mas eu sei que Ele tem os livros, olha só:

"Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda." Salmos 139:16