terça-feira, agosto 18, 2009

pensamentos de uma "blogueira"

queria começar esse post de uma maneira solene, que anunciasse que tenho algo de muito importante a dizer. mas como se sabe, das palavras que são escritas todos os dias, muito poucas, uma quantidade ínfima, se eterniza. o que faz com que o que diga seja bom ou não é a relevância disso para aquele que lê. sinceramente falando, não tenho nada de especial. uma pessoa comum, com sonhos que, vistos por cima, soam como sonhos de qualquer outra pessoa. mas é então nessa hora, em que consigo ver a conexão. diferentes, mas iguais. pequenos e ao mesmo tempo grandes. se escrevo sobre coisas triviais, sobre o comum do meu dia-a-dia, aí sim, pode fazer sentido para alguém. porque tanto eu como você, de quando em quando se arrepende de algo que disse; de quando em quando acha que deveria ser mais ousado; de quando em quando não entende muito a respeito de si mesmo. hoje é 17 de agosto, e eu, no meu íntimo, carrego uma esperança de escrever mais e melhor e de deixar que o detalhe pequeno da vida possa alcançar corações, atravessar gerações, atraindo outros aos braços de amor de um Pai Soberano. pode ser que não seja nada de extraodinário, mas se alcançar uma vida, se agitar um coração, se puder ser simples e verdadeiro, terá valido a pena, terá sido digno de todo o esforço.

segunda-feira, agosto 10, 2009

José II

sei lá se ele se tornou um ícone, uma referência abstrata à qual minha mente recorre sem que mandem, mas José já me é constante de quando em quando. depois de uma aula de escola dominical que me fez pensar o quanto a Palavra de Deus é inesgotável, eu fico pensando que há muitas perspectivas quando analisamos a vida de alguém. mas pra ir direto ao ponto, um insight mais recente que eu creio que Deus me deu sobre José é o fato de que, para ele, estar no centro da vontade de Deus significava sofrimento.
reafirmando, o fato de ele ser escravo ou preso não significava nem um pouquinho para Deus que a vida de José tinha saído para "fora dos trilhos", muito pelo contrário, isso queria dizer que José estava no caminho certo. Talvez para qualquer um que olhasse para ele, poderia pensar "o cara se deu mal". Talvez qualquer um pensasse a mesma coisa no lugar de José, como "os meus sonhos não deram em nada". Não foi assim que José via as coisas, muito menos Deus.
enquanto pensava nessas coisas, lembrei daquela expressão "estar no centro da vontade de Deus". Comumente, achamos que o centro da vontade de Deus é o lugar mais confortável que existe, mas pode não ser. O centro da vontade de Deus pode trazer dor, pode me fazer ser moldado, pode me lançar numa bateria de treinamentos de arrancar os cabelos.
mas a notícia boa é que isso não dura pra sempre, somos aprovados e herdamos as bençãos e promessas que nos foram reveladas anteriormente nos sonhos. q a imagem de um José governador, o primeiro depois de Faraó em toda a terra do Egito, alguém muito abençoado, possa te fazer lembrar que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, mas que Ele tem lá seus métodos incomuns de se fazer entender.

tô tipo...

tô tipo, querendo muito um violão;
tô tipo que me acostumando à vida nova de English teacher;
tô tipo, conhecendo gente nova;
tô tipo que ficando mais e mais obcecada por viajar;
tô tipo, com maior empolgação pra estudar francês;
tô tipo que voltando a postar;
tô tipo, mais e mais encantada com a voz do vocalista do Building 429;
tô tipo que usando MSN sem parar;
tô tipo, decidida a viver pra Cristo;
tô tipo que aprendendo coisas novas na fé;
(só pra constar em que pé andam as coisas...)

domingo, agosto 09, 2009

"untitled"

alguns posts saem da gente quando estamos amargando algum sentimento. essas palavras quase não queriam ser ditas, quase que fugiam à nossa percepção, como se quisessem manter a nossa visão "perfeitinha" de nós mesmos. mas tem uma hora que toda a farsa se torna impossível. há momentos daqueles em que nosso eu se revela diante dos nossos olhos como uma aberração cuja origem ignoramos. na estrada desses dias já esbarrei com uma angústia, já topei com um saudosismo, com a sensação de que "perdi alguma coisa", de que deixei algo passar. cheguei a dizer: "posso começar de novo?". mas nessa mesma estrada, algo me chamou a atenção. enquanto eu lamuriava os anos que não voltam, vi como se fossem estátuas de homens e mulheres. as plaquinhas indicavam ser pessoas célebres, alguns na mesma estrada que eu, parávam e admiravam com certo temor a histórias das tais pessoas. parei também. e deixei o meu coração ser acariciado e tratado pela vida de José, Rute, Davi, Moisés e Paulo. tantos outros montavam o cenário, tantos que me perdi. mas dentre eles, um nome, não uma estátua, mas um nome, gravado alto, que se via de longe, projetava sua sombra sobre todos os monumentos. Jesus Cristo, nome sobre todo nome. e mesmo que ninguém explicasse, mesmo que não houvesse ninguém ali pra indicar a razão, todos, no seu íntimo, sabiam o porque Daquele nome. todos sabiam que Ele era o princípio, o meio e a finalidade última da existência daqueles homens, mesmo daqueles que nem do seu nome haviam ouvido falar em vida. o conjunto da obra imprimia nos corações e mentes o entendimento de que era assim mesmo para toda a humanidade. pouco a pouco, pessoas comuns, com vidas nada extraordinárias, começaram a olhar para si mesmas, comparando-se àqueles homens e mulheres. viram que a dor que sentiam muito se parecia com a dor daqueles homens. viram que eles venceram e foram cheios de ânimo e vigor. eu, assim como eles, na perda de mim mesma, na angústia revelada nas palavras escondidas, me permiti ter esperança. estendi a mão num ato remissor de mim mesma. logo um canto brotou em meus lábios, logo um sorriso me surpreendeu. embora tudo isso se misturasse ao medo, numa luta pela minha atenção, fui deixando ser embalada pela canção de vitória daqueles homens, verdadeiros heróis da fé. heróis em meio à dor, em meio à perseguição, em meio à falta. eles conseguiram, creio que, assim como eles, em Jesus, eu consigo também.