terça-feira, agosto 30, 2011

Falando do trivial

há momentos em que penso que poderia falar de qualquer coisa. há outros, porém, em que não me sinto capaz de falar nem do que é trivial. porque o trivial pode não ter nada de simples, ou lugar-comum. o trivial tem dilemas, tem impasses de se explicar o porque "se é como se é". 


o trivial passa pelo dia que renego, pela noite que amarguei. o trivial passa pelas palavras não ditas, pelos "se ao menos", pelo não entendido da vida que se arrasta para um livro de perguntas sem fim. somos feitos de momentos triviais carregados de poesia, de vida, de humanidade. a existência é feita de terças-feiras, de quintas, de dias comuns, banais, com consequências longínquas. 


se hoje eu escolhi falar de qualquer coisa, escolhi falar do trivial eterno, que me faz ser quem sou, das escolhas impensadas, do que sai de mim sem ao menos avisar. por isso, cuide você de si mesmo, cuide dos minutos, e, então, as horas, os dias, os anos virão mais doces, e sempre, sempre, menos [ou mais] triviais.

quinta-feira, agosto 18, 2011

o amor é forte como a morte

porque o amor é forte como a morte (Ct 8.6).

se alguém compara em força o amor à morte é porque os dois instauram uma situação definitiva. apenas com raras exceções (vide os textos bíblicos), ninguém jamais voltou da morte, pois ela "manda" o indivíduo para um estado eterno: seja de alegria ou de condenação, que ninguém pode alterar.

do mesmo jeito, o verdadeiro amor, quando une duas pessoas, o faz para sempre. a condição de amantes é inalterável: uma vez que se ama, ama-se para sempre.

talvez essa ideia esteja um tanto distante da realidade desse mundo em que o amor tornou-se mercadoria, líquido (vide o livro do Bauman: Amor líquido - sobre a fragilidade dos laços humanos), um objeto de prazer que, desde que passe a apresentar dificuldades, é trocado por um novinho em folha.

por isso, mais do que nunca, procura-se um amor como o descrito em Cântico dos Cânticos, no qual os amantes, conscientes de seu sentimento/compromisso, declaravam o estado permanente e inalterável deste amor, sua capacidade de aproximar um do outro para sempre, de maneira que não se pode resistir, porque é: forte como a morte.   

domingo, agosto 14, 2011

Amor prático!

Quando Paulo escreve a Filemom, pedindo-lhe que recebesse Onésimo de volta, ele diz:

“Para mim ele é um irmão muito amado, e ainda mais para você, tanto como pessoa quanto como cristão” (v. 16, NVI).

É muito interessante essa tradução quando diz: “como pessoa”. Onésimo era um servo. Isso nos mostra que a Bíblia estabelece que qualquer ser humano, seja rico ou pobre, tem valor como pessoa, e, antes mesmo de ser cristão, deve ser tratado com dignidade.
Bom, o Reino de Deus é um reino de prática.

Assim, lendo carta a Filemom, pode-se ver que ser um agente do reino de Deus na terra envolve ações práticas, isso é, nossa crença do que é amar o próximo em nome de Cristo não pode se restringir a um versículo bíblico ou a um slogan bonito.

O cristianismo é feito de ações: do patrão que aceita o empregado de volta, da segunda chance que damos a quem nos feriu, etc. Paulo, em nome do amor cristão, exigiu de Filemom que tomasse uma atitude que condizia com a fé em Cristo, e esse é o nosso desafio hoje.

quinta-feira, agosto 11, 2011

sobre a beleza da Tua vida

o presente texto propõe-se a celebrar o Seu Senhorio
Você morreu e não viu corrupção
E a morte, pela primeira vez, se deparou com algo novo:
          um Ser humano que ela não pôde deter
          Alguém sobre quem ela não pôde exercer o seu domínio 

onde está ó morte, o teu aguilhão?

Então Ele, o meu Senhor, a venceu e subjugou
e tornou-se o primeiro, inaugurou a ressurreição
da qual os que nEle põe sua confiança também conhecerão

não quero me esquecer da Sua vitória, da Sua grandeza e majestade
por isso, eu Te honro, mais uma vez, um pouco mais, a cada dia.


"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos,
e foi feito as primícias dos que dormem".
1 Coríntios 15:20

domingo, agosto 07, 2011

sobre as coisas simples

a gente fala do melhor amigo
da música que não sai da cabeça
da dúdiva que corrói

[a teoria é longa, a discussão é vasta
mas eu acho, ou pra mim é assim:]

sempre falo do que sou
e sou coisas simples

a gente fala do amor. da vida. da morte. do nada. do nosso tudo.

a gente gosta do que nos faz gente.
do que nos surpreende.
do que nos entende.

a gente fala dEle, que nos faz ser mais nós mesmos.
porque à medida que O conheço, me [re]conheço

e a gente segue O amando.
se rendendo. e falando, sempre falando.

o que na verdade somos

somos todos falhos
cada um à sua maneira

mas nem todos param nessa triste constatação
há daqueles que se rendem ao Espírito
e ao Seu poder regenerador
e, que, por isso, podem dizer:

'somos todos falhos
falhos em transformação
humanos moldados, cada dia um pouco mais,
     à imagem de Cristo'.

quinta-feira, agosto 04, 2011

sobre o medo de querer

hoje eu descobri um medo novo
antigo, na verdade, mas é recente a consciência dele

eu tenho, ou tinha, medo de querer
medo de assumir que desejo ou preciso de algo

alguém diz: "vc quer?"
eu digo: "pode ser" ou "se Deus quiser"
tudo pra não assumir o desejo
pra não correr o risco de não conseguir, de sofrer a falta de algo ou alguém

uma covardia latente, ameaçadora e cômoda
um sentimento ou fingimento de que se está bem, quando não se está

a partir de agora, vou assumir o que quero, e vou querer com gosto
e quando eu conseguir, vou sorver cada minuto, cada momento da conquista,
e se eu não conseguir, vou saber que não foi o medo, ou a covardia ou a falta de atitude
que me impediram de desfrutar o bem

em resumo, é preciso dizer: "Senhor, eu quero!"

o blog voltou













sim, o blog voltou.
arrumei um novo layout, sempre o faço toda vez q recomeço,
e espero ter um tempo novo, textos novos, ideias frescas.
sem mt pretensão, mas é um começo.
tô aprendendo que as prioridades devem vir primeiro.
e o blog é uma prioridade que deixei para segundo plano.
as visitas são bem-vindas,
os comentários serão bem acolhidos e retribuídos.
     aos amigos da antiga, deixo um "oi, há quanto tempo!"
     aos novos, um "muito prazer, esse é o seu, o meu Romanos"
e que o conhecimento de Deus e Sua Palavra nos leve além
e que sejam celebradas a vida 
e as coisas boas que nos dão razão para levantar todo dia.

um bj
e nos vemos, ou nos lemos.
Catarina Ferreira