domingo, novembro 30, 2008

Não sou especialista em música, mas como estou ficando especialista em falar de coisas das quais não sou especialista, quero falar agora de um cantor que tem me encantado repetidamente desde que ouvi "Lost At Sea". Sim, talvez eu goste de vozes masculinas, mas não é só por isso, talvez seja pelo violão, (incrivelmente lindo nas músicas dele!), também não é só por isso, talvez o estilo meio jazz, meio blues, não sei bem!). Mas fato é que Jimmy Needham já me encantou profundamente com dois cd's: Speak (2006) e Not Without Love (2008). Simplesmente não enjoa.
Jimmy dá uma de poeta (o que ele é mesmo), recita uma poesia intensamente em cada cd. Sempre chamando a atenção para a hipocrisia e religiosidade que constantemente parecem afetar a nós cristão. E nessas horas ele é seco, não mede as palavras, puro e simples.
Falando das músicas, ele desafia, canta o amor incomensurável do Mestre, canta a obra de redenção feita por Jesus na cruz, canta a fé, e, ultimamente, tem canções de amor. Diz-se por aí, que não importa o que vc diz, e sim, como vc diz, e isso ele sabe fazer bem.
Mas toda essa preparação, esse pano de fundo aí de cima, é pra chegar no ponto fundamental desse post. O que vc dá para Deus? Jimmy não deixa a desejar em nada, nada mesmo, qualquer compositor, poeta, etc e tal, que há por aí. No entanto, o que ele faz é completamente comprometido, até a alma amarrado ao Mestre, sem máscaras, sem usar "linguagem figurada" para "atrair" os outros. Não quero criticar os que fazem, ou mesmo sem dizer que Jimmy nunca fará isso. Mas o que eu quero dizer é que ninguém mascara esses discursos podres de imoralidade que tem destruído famílias, acabado com vidas em escala a perder de vista, fala-se abertamente da sujeira, mas alguns querem mascarar o maior AMOR do mundo. Faz algum sentido? Pra mim não. Seja como for, cada um tem sua consciência, e age de acordo com ela. A minha me diz que a história é linda demais para viver na sombra.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16
simples né? e complicado ao mesmo tempo.
inspirado nisso Jimmy fala: "O He died, He did to rectify my hopeless situation"
fica aí a sugestão, quem quiser, é só checar!

domingo, novembro 23, 2008

Jesus Cristo

o que eu teria para dizer para além de tudo que já foi dito? todas as passagens bíblicas, todos os estudos teológicos, históricos, etc? Não sei bem se uma leiga como eu teria informações importantes sobre Ele, que entusiasmassem qualquer um em busca de informações que trouxessem evidências. O que é evidente, claro e cristalino para mim é a minha experiência. A certeza no coração que nem o tempo, as decepções, lutas (e muitas!) conseguiram apagar.

O que me deixa sempre maravilhada é que, não importa o quanto falem Dele, se bem ou se mal, se façam filmes denegrindo Sua imagem, fotografias cheias de blasfêmia, isso nunca o afetaria. Seriam apenas formiginhas gritando, exaurindo suas forças pelo ódio incontido na tentativa de dizer que Ele não existe, ou que não fez nada do que realmente fez. Não importa o número de insultos que se faça, a natureza Dele não se altera.

"
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Hebreus 13:8

Ele é Aquele que reúne multidões, que conhece cada coração desses bilhões que batem todos os segundos, que vê o mundo em decadência, enquanto nos oferece o caminho sempre melhor.

uma recomendação: "The Real Jesus - Downhere"
uma dica: "Nunca se constrói um texto sozinho"

quinta-feira, novembro 20, 2008

o que eu deveria ter dito

como Kathleen Kelly em Mensagem pra Você, inicio esse post me perguntando sobre o que eu deveria ter dito. Assim como ela, sou daquelas pessoas que, no momento de um embate, não têm nada a dizer, parecendo uns bobos sem argumentos, se deixando levar pela afronta. Momentos depois, no entanto, parece que a situação assenta na mente e as palavras começam a vir. Discuros longos, elaborados, cheios de lógica, irrefutáveis. Ai, ai, agora eu sei exatamente o que eu devia ter dito, mas não dá pra voltar no tempo.
Por isso, como numa catarse (purgação) desses sentimentos aqui dentro presos, gostaria de gritar nesse blog o que eu gostaria de ter dito sobre o questionamento que me foi feito quando da apresentação do meu trabalho de iniciação científica. A história é a seguinte: foi um trabalho lindo, pelo menos para mim. Trabalhei por meses e meses na construção de um pensamento sobre a Divina Comédia de Dante e o posicionamento de Agostinho com relação à ficção. Todo o trabalho que não foi só meu, logicamente, muitíssimo fruto da colaboração e dedicação efetivas de minhas orientadoras, culminou num texto que seria lido na apresentação.
Foi aí então que veio o embate. Na segunda etapa da Jornada de Iniciação Científica (porque Deus me levou até lá, porque Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas), fui questionada pelo modo da minha apresentação, o fato de eu ter lido o texto e não "falado" sobre a minha pesquisa, etc e tal.
Falei que era uma questão de economia de tempo, falei que o texto era o próprio fruto da pesquisa, mas na minha concepção, não fui tão eloqüente quanto deveria. Costumava dizer que eu era melhor escrevendo do que falando, acho que é fato, mas isso tem que mudar.
Um texto escrito não atrai tanto as pessoas, o que todos nós queremos é teatro, mídia, diversão, coisas que nem sempre um trabalho estritamente teórico e de cunho investigativo pode dar conta. Felizmente, Deus me enviou duas resgatadoras que apreciaram o trabalho, me deram crédito e, mesmo não sendo da minha área, perceberam o trabalho intelectual feito ali. Oras, oras. Como eu devia ter dito coisas, como: "arquitetos fazem pontes, prédios e trazem aqui suas maquetes e idéias que ficam como contribuição para a sociedade, mas o meu trabalho é com a linguagem, o que eu tenho para devolver a esse mundo é um texto, que é pensado, dá trabalho, um texto que eu nem sei quantas vezes eu fui e voltei nele, quantas vezes eu escavinhei essa terra, buscando a melhor maneira de dizer o que eu tinha pra dizer, quantas vezes enchi a paciência da querida orientadora procurando a melhor palavra, o melhor sinônimo. Oras, oras." Isso me cansou e me abriu os olhos para a verdade de nosso tempo, que o que conta, não é tanto o que vc diz, mas como vc diz, a performance. Agora tá certo, super aulas de teatro pra JIC do ano que vem!

sábado, novembro 08, 2008